sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Agosto - Mês Vocacional

Desde 1981, a Igreja do Brasil celebra no mês de agosto, o mês temático dedicado à reflexão sobre as vocações. O primeiro chamado de Deus foi o chamado à vida, primeiro momento forte em que Deus manifestou o seu amor para cada um de nós. Nos criou à sua imagem e semelhança. Deus nos chama a vida e Jesus afirma em Jo 10, 10 que veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância.
É importante fazermos a distinção entre Vocação Fundamental, que é a primeira e fundamental vocação, ou seja, o chamado de Deus à vida de santidade e Vocação Específica que é a maneira que cada pessoa realiza a sua vocação fundamental.
Todos os cristãos possuem uma vocação. Seja para viver exclusivamente para Deus, para viver uma missão específica ou para constituir uma família. O chamado de Deus é sempre em vista da realização da pessoa humana. Assim, vocação é graça e eleição.
Podemos responder à vocação através da condição clerical, da condição laical ou através do estado religioso que é o daqueles que professam os Conselhos Evangélicos de pobreza, castidade e obediência, como nós Joseleitos.
Deus nos chama e nos capacita. Pela graça do Batismo, somos incorporados na Igreja e recebemos as virtudes teologais da fé, esperança e caridade. Somos constituídos o novo Povo de Deus, ou seja, Povo de Sacerdotes, Profetas e Reis (cf. Lumen Gentium, 5).
O Documento de Aparecida, fruto da V Conferência Geral do Episcopado Latinoamericano e Caribenho, no capítulo quinto nos recorda que pelo batismo todos somos “discípulos-missionários com missões específicas”. O Bispo é missionário de Jesus, Sumo sacerdote; o presbítero, de Jesus Bom Pastor; o diácono, de Jesus Servidor; os leigos e leigas, de Jesus Luz do Mundo; e os consagrados e consagradas, de Jesus Testemunho do Pai.
No discipulado-missão, encontramos a centralidade da dimensão constitutiva da Igreja. Jesus continua chamando e enviando. “Discipulado e missão são como as duas faces de uma mesma moeda: quando o discípulo está apaixonado por Cristo, não pode deixar de anunciar ao mundo que só Ele nos salva (Hb 4,12). Com efeito, o discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro” (DAp 146), nos afirmou o Papa Bento XVI.
Todos nós temos a responsabilidade de assumirmos a nossa vocação e promovermos as vocações. Nosso fundador, Padre José Gumercindo, afirmava que o “Joseleito deve ser um despertador de vocações por onde passa” (Quarenta Anos no Deserto, 163). A Conferência de Aparecida nos chama a atenção para a importância de uma pastoral vocacional, capaz de “intensificar de diversas maneiras a oração pelas vocações, com a qual também se contribui para criar maior sensibilidade e receptividade diante do chamado do Senhor; assim como promover e coordenar diversas iniciativas vocacionais” (DAp 314), pois “as vocações são um dom de Deus”. (DAp 314)
Que o mês de agosto seja uma oportunidade para refletirmos sobre a formo como estamos cultivando as vocações e desperte em nós o compromisso de elevarmos nossas preces para que Deus “continue a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas e comunidades” repetindo o convite do seguimento a muitas crianças, jovens e adultos, “para que sejam fiéis como apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e religiosas para o bem do povo de Deus e de toda a humanidade” (João Paulo II).
Pe. Júlio Cesar de Mello Almo, sjc

(Pároco da Paróquia Paróquia Santa Tereza D'àvila - Luiz Anselmo - Bahia)

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